Ele acordava cedo
Pra trabalhar no chão
Não tinha mais enredo
Na vida de peão
Mas não sentia medo
De morrer na plantação
E só plantava jerimum
E só colhia jerimum
E só vivia, só comia jerimum
Já não havia amigo
Nem mesmo ilusão
Sozinho em seu abrigo
Ninguém lhe dava a mão
Conversava com o umbigo
E enchia o caminhão
E só plantava jerimum
E só colhia jerimum
E só vivia, só comia jerimum
Foi ficando velho e chato
Sempre nessa solidão
Jeito de bicho do mato
E a fama de ermitão
Escondido feito rato
Trabalhando feito o cão
E só plantava jerimum
E só colhia jerimum
E só vivia, só comia jerimum
Conseguiu algum conforto
Vindo dessa obrigação
Quando o encontraram morto
Isso foi uma diversão
Aquele que herdou seu horto
Pôs foi jerimum no seu caixão
E só plantava jerimum
E só colhia jerimum
E só vivia, só comia jerimum
Informações técnicas:
Música: João Prista
Letra: João Prista
Arranjos: Rafael Prista
Intérprete: João Prista
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